Frases e Pensamentos sem conexão ou compromisso com ortodoxia, senão, minha própria consciência como avalista em FRAGMENTOS
DE UM DESVIADO
Graça
inclusiva é isso. É sentir-se amado com a mesma intensidade de perceber-se
inadequado, é a decisão do Eterno de no coração equivocado da criatura se fazer
interno.
Se Deus é responsável em última análise pelas bem-aventuranças mesmo que fazendo uso permissivo da metodologia das tragédias como propõe a afirmativa cristã, seria honesto e coerente atribuir a Ele também a mentoria pelas más-aventuranças nesse processo de aperfeiçoamento de sua criatura, ou então, estamos diante de uma gritante contradição.
Algo em comum na paixão religiosa e no partidarismo político me assusta: Os fanáticos por catequizar e desestabilizar quem é do grupo oposto se atraem tomados do sentimento messiânico iminente.
Reconciliar-se com Deus implica necessariamente em uma reconciliação pessoal de responsabilidade para com a vida, no demais, tudo se resume em especulação infrutífera sobre o que transcende.
Nada me intriga e incomoda tanto nas expressões religiosas como o sentimento de exclusividade e a capacidade de exclusão latente no inconsciente coletivo que tem como premissa a salvação e o bem estar do semelhante. No mínimo contraditório...
Um Deus que para se fazer compreendido necessita antes da dissecação e afirmação teológica das cátedras da religião, tornou-se produto de falsificação na pior versão da elaboração da mente humana que existe.
Por mais que tentemos inferir sobre Deus ou filosofar sobre o sentido da vida, o que nos dignifica diante do sopro de existir é a maneira como procedemos segundo a consciência adquirida.
A grandeza da alma que crê não está na forma com que se pode mensurar sua fé, mas, na simplicidade e intensidade em como ela traduz e conjuga esse sentimento na vida do diferente e necessitado.
Existem sensações que a lógica desconhece, impressões que são discernidas na alma e definidas de fé por quem as tem. Uma não invalida a outra, porém, devem se confrontar para que a experiência de ambas seja legítima enquanto dure.
Transferência
de responsabilidade pacifica a consciência mas, definha a alma.
Em
minhas meras impressões sobre a vida, aprendi que não tenho o direito de ser
seletivo tampouco menosprezar os desalinhos e viés dessa eterna tapeçaria, pois,
eles são a gênese para novas dimensões.
Definitivamente
um Deus que arquiteta e orquestra a morte da criatura feita a sua imagem e
semelhança em nome da satisfação de sua própria justiça, superou em
demasia o Diabo em que se transformou o anjo de luz por Ele concebido. É por
esta razão que o Ser Supremo no qual eu creio, não cabe mais em qualquer
leitura sagrada que se fez enrijecida pela lei.
Perder
a alma está na direção oposta de uma projeção futura, é não permitir no
presente que a calamidade não nos assombre, a dor não nos doa e o olhar do
desespero não nos desespere.
Em
Deus todo homem é alvo inerrante de Sua eterna Graça, no homem ela foi
patenteada pelos trâmites de uma vida sacra.
O
mundo já seria um paraíso se não fora a militância religiosa motivada pelas
paixões partidárias.
Reza
a Bíblia que Deus criou Lúcifer, rezam os fatos que ele reza o Pai Nosso na
boca de alguns como Diabo.
Fazer
Deus avalista em decisões que são de âmbito pessoal é no mínimo medíocre para
não concluir como desonesto.
Nada
mais agressivo a Graça Divina do que a fé que insiste em insinuar-se através de
malabarismos exteriores de espiritualidade convencida.
O
cúmulo da arrogância religiosa é a tentativa de catalogar Deus numa cartilha de
doutrinas pretensamente sagrada.
Não
consigo ser polido no trato quando a hipocrisia religiosa de alguns me provoca
asco.
A
santidade e bons costumes de algumas pessoas são tão indelicadas que mais se
parecem com um arroto.
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